Pet em inglês se refere a animais de estimação. Friendly é amigável. Podemos traduzir a expressão para amigos dos animais. Na prática: locais que aceitam pets dentro de seus estabelecimentos. Mas há muitas variáveis.

Você leu “dentro” e pode me questionar dizendo: nem todas as áreas pet friendly são na parte interna. É fato, muitos restaurantes, bares, cafés, sorveterias, hamburguerias e pizzarias disponibilizam as mesinhas da calçada. Outros, a varanda. E com poucas exceções, o salão principal. A vigilância sanitária é quem autoriza onde os pets podem ficar.

Na minha opinião, um local é pet friendly mesmo que a área permitida se restrinja a calçada. Muitas vezes, o estabelecimento não tem permissão para receber na parte de dentro. Mas ele quer atender os clientes que querem sair com seus cães. E se esforça para isso, oferecendo um pote d’água e petisco para o pet. Alguns vão além, investem em uma caminha ou colchonete. Há também quem sinaliza, comunicando que ali pets são aceitos e bem-vindos – como usando o selo do Guia Pet Friendly.

Hospedagem

A sharpei Ella no Hilton Morumbi. Foto Cris Berger/Guia Pet Friendly

No território de hotéis e pousadas nos deparamos com a aceitação de acordo com o porte e a raça do cão. E, aqui, temos novas dores. Se um hotel aceita pets até determinado porte, ele não é um pet friendly? Eu penso que é, mas que tem as suas restrições.
Há hospedagens que têm o pet como cliente principal e oferece piscina, trilha, gramado, serviço de banho e tosa, caminha, tapete higiênico, cata caca, amenieties e até veterinário de plantão. Estes são considerados pelos tutores como os “verdadeiros pet friendly”.

Não gosto da vertente do verdadeiro ou falso. Acho mais justo entender a característica de cada local. Por exemplo, o hotel que mescla hóspedes com e sem pets precisa ter mais cuidados, pois precisa agradar gregos e troianos. Nele, as restrições serão mais severas.

Cada um no seu quadrado

Não acho que todos os cães possam frequentar todos os hotéis e restaurantes. Quem tem cachorro tende a gostar do cachorro do vizinho. Não será um latido mais alto que irá incomodar. Já em uma pousada-butique para casais, pode ser um problema. Pensa comigo, se você vai em um resort familiar com programação voltada para o público infantil, não pode reclamar do habitual barulho das crianças, certo? A dinâmica com os cães é a mesma.
Em suma, analiso que não existe o verdadeiro pet friendly, mas estabelecimentos que aceitam pets de formas distintas. Escolha o que for melhor para você e seu melhor amigo.
Quero falar também sobre como ser um bom hóspede com pets. Tudo se trata de bom comportamento e isso não tem nada a ver com tamanho ou raça. É respeito, mesmo. Mas isso é assunto para outra coluna.
Coluna publicada no Estadão.